Trocar a ração do seu cachorro parece simples, mas se feita de forma brusca, pode causar uma série de problemas como diarreia, vômito, perda de apetite e rejeição alimentar. A boa notícia é que isso pode ser facilmente evitado com uma transição alimentar gradual e bem planejada.
Neste artigo, você vai entender por que a transição é importante, quanto tempo ela deve durar, como fazer passo a passo e o que observar durante o processo.
Por que a transição de ração é necessária?
O sistema digestivo do cão se adapta ao tipo de alimento que ele consome diariamente. Ao mudar de ração de uma hora para outra, o organismo do pet pode ter dificuldade para digerir os novos ingredientes — mesmo que a nova ração seja de qualidade superior.
Essa mudança abrupta pode resultar em:
- Fezes moles ou diarreia;
- Gases e desconforto abdominal;
- Rejeição ao novo alimento;
- Queda na imunidade momentânea.
Fazer a troca gradualmente ajuda o intestino a se adaptar, melhora a aceitação da nova ração e evita sustos (e gastos) com problemas digestivos.
Quando é necessário trocar a ração?
Você deve considerar trocar de ração quando:
- O cachorro muda de fase da vida (de filhote para adulto, de adulto para sênior);
- Está com problemas digestivos, de pele ou queda de pelo;
- Tem nova orientação do veterinário (alergias, obesidade, doenças);
- A ração atual não está sendo bem aceita ou não tem bons resultados;
- Você deseja subir o nível nutricional para uma linha melhor (premium, super premium ou natural).
Como fazer a transição de ração corretamente
O ideal é realizar a mudança de forma gradual, ao longo de 7 dias. Abaixo, o passo a passo:
📅 Plano de transição de 7 dias
Dia | Ração antiga | Ração nova |
---|---|---|
Dia 1 e 2 | 75% | 25% |
Dia 3 e 4 | 50% | 50% |
Dia 5 e 6 | 25% | 75% |
Dia 7 | 0% | 100% |
Você pode misturar as duas rações no mesmo pote, sempre respeitando a quantidade total diária recomendada para o porte e peso do seu cão.
O que observar durante a transição?
Durante o período de troca, observe:
- Fezes: Devem continuar firmes. Fezes muito moles ou líquidas indicam má adaptação.
- Apetite: É normal alguma estranheza no início, mas a aceitação deve melhorar a cada dia.
- Coceiras ou vermelhidão: Podem indicar reação a algum ingrediente novo.
- Vômitos ou prostração: Interrompa e consulte o veterinário.
⚠️ Importante: se o seu pet tem alguma condição clínica ou está fazendo uma transição para ração medicamentosa (como renal ou hipoalergênica), siga sempre as orientações do veterinário.
E se o cachorro não quiser comer a nova ração?
Alguns cães são mais seletivos. Se o seu pet estiver recusando a nova ração, experimente:
- Aquecer levemente a ração (libera aroma);
- Adicionar um pouco de ração úmida da mesma linha;
- Servir aos poucos, evitando deixar o pote disponível o dia inteiro (alimentação controlada);
- Manter a consistência — não ofereça outros alimentos como “recompensa” pela rejeição.
A maioria dos cães se adapta bem em até 10 dias com esse processo.
Conclusão: troca de ração deve ser gradual, sempre
Trocar a ração do seu cachorro é algo natural e, em muitos casos, necessário. Mas a forma como você faz isso pode definir se a mudança será tranquila ou cheia de problemas. Com paciência, observação e o passo a passo certo, a transição alimentar pode ser simples, segura e positiva para seu pet.
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